quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vi isso no facebook de uma amiga. Era assim que eu gostaria que fosse. Ou é assim que eu fantasio que é.

"Eles se amam,todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ele quer atitudes, ela quer ele. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz."

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eu tenho essa ilusão estúpida de que a vida poderia ser diferente do que é. Eu tenho, eu admito. Na verdade acho que as pessoas, vez ou outra, têm os seus momentos de "e se". Até você. Mas eu tenho quase sempre e isso é um inferno. A minha cabeça é tão maluca que até nos momentos em que não haveria porque de ter um "e se", eu tenho. Hoje eu vi o show da Banda mais bonita da cidade. É um show doído, sabe. Achei de início mega parecido com Ludov, só que não. É parecido, mas diferente. Eles falam de amor de um outro jeito. Há medo, há dor, há insegurança, mas há mais amor do que no Ludov. Mais amor e, por isso, mais esperança. Porra, e esperança é uma merda de sentimento. Uma merda porque te ilude, te machuca, mas te torna bom. E assim eu me vejo boa, quando na verdade eu não quero acreditar que sou. Principalmente depois de você. Antes de ir pro show eu tive um sonho desses de esperança, sem saber que o que me aguardava era uma aula de esperança que iria complementar o meu sonho. Foi muita informação e completamente sem um propósito lógico aparente. Eu tinha ido dormir puta porque vi a foto de uma amiga que tinha ido até a neve e eu não fui. Assim, fui. Mas não estive NA neve. Eu VI neve. E isso é uma coisa muito maluca, parecida com o que eu vivi com você recentemente. Eu VI você, mas em nenhum momento eu estive COM você, ou EM você. E você percebe a diferença que isso faz na vida de uma pessoa? Acho que só quem viveu isso é que consegue perceber. Porque tem gente que se conforma com o ver. Viu, pronto, foda-se. Eu preciso pegar. Sentir. Cheirar. Ver eu vejo em foto, na televisão. A coisa é EXPERIMENTAR. PROVAR. VIVER. Mas o sonho. O sonho, que também é meio o ver, foi assim: eu, você, estávamos em outro país, acredito que nos EUA. Você veio me receber e conversar, eu sempre espantada porque normalmente você não possui mais essa gentileza comigo, conversamos, você parecia bem, mas um pouco triste e com medo. Era uma casa e sua mãe chegou. Você quis me esconder, mas ela me viu, te xingou e eu resolvi enfrentá-la. Ela tinha muita raiva de mim por você, mas eu pedi perdão a ela por tudo, mesmo não tendo funcionado muito bem. Você chorou e me levou pra ver a neve. Não VER, mas SENTIR a neve. E eu fiquei imensamente feliz e triste ao mesmo tempo, com os pés descalços naquela nevezinha pouca, mas minha. E que você tinha me levado pra ver/sentir/whatever. Havia todo o amor do mundo naquele gesto. E aí eu acordei, e fui como um zumbi assistir ao show da banda que eu sei que você adora. Foi a extensão do sonho. Aquela mulher cantava a minha vida com você através da vida dos outros. Os outros nos cantavam pelas bocas deles, pelos amores e sonhos deles. E eu ali, absorta, entre um sonho, um amor encurralado dentro de mim e algumas centenas de pessoas emocionadas com seus próprios amores, gritando eles por mim que não gritava. Cheguei em casa e ainda vi umas fotos suas que me deram um friozinho na barriga pra me lembrar que o amor ainda está aqui. Ainda, meu Deus, ainda.

Depois que o torpor passou, fui pensar no sonho. Na verdade, você era eu. Tudo o que você fez por mim no sonho era mais do que o que eu queria que você fizesse, era o que eu queria fazer por você. Eu era duas partes de mim no meu sonho. O que não deixa de ter lógica, na atual conjuntura. Mas onde eu quero chegar é que além do amor, há uma bondade aqui e uma vã esperança. Três sentimentos estúpidos que brotam dos lugares e horas mais improváveis dentro de mim.