domingo, 30 de setembro de 2012

Sweet nothing...

Tem dias assim, como hoje, em que os sonhos e as vontades dão de me atacar. E aí é assim. Eu bebo, eu até fumo sem mais fumar, mas é tudo vontade de viver, de sentir todas as coisas que ando sem sentir em mim... Então fica tudo muito misturado e estranho, muito muito, muito tudo... E eu fico assim, como se eu ainda tivesse poucos anos e não quase trinta... As músicas me doem, mexem em algo dentro de mim que há muito não era mexido. Mexem nas memórias, nas vontades, nos desejos... E isso tudo me remete à você. Mesmo eu não fazendo mais parte da sua vida e você não da minha, mesmo estando todos em mundos muito, muito distantes e opostos... Nessas horas estamos todos no mesmo barco, no mesmo rumo, tudo misturado e intenso, como se não houvesse amanhã, só ontem. São mais de 5 da manhã e cheira a churrasco, a coração, como se fosse o meu coração na brasa em algum lugar a queimar, a arder... E ele arde de uma certa forma aqui dentro de mim, enquanto toca uma música nova mas com cara de antiga. Uma voz que me canta mas com jeito de cantar de antes, de quando tudo doía muito dentro de mim e não me deixava respirar. O negócio é que hoje eu respiro, eu vivo, eu sou até feliz, mas é porque o tempo e a distância me fazem esquecer do que era bom e do que realmente me fazia uma pessoa feliz, do que realmente me fazia querer viver (ou poder morrer?)... Eu queria estar aí, mas ao mesmo tempo queria estar em Portugal, em Londres, em Guarapari, eu queria ser todas as pessoas do mundo e talvez menos eu.... Ou queria ser realmente eu e mais ninguém, como nunca fui, como nunca antes tive o intento ou a oportunidade de ser, de viver, como nunca, como sempre, ou como um dia... Sempre e nunca são coisas que me perturbam simultaneamente. Eu sinto falta do que já vivi e ao mesmo tempo de coisas que eu nunca vi, nunca ouvi falar ou senti... Sinto falta de paixão dentro de mim, de um fogo aceso, de uma coisa que queima e arde como uma chama eterna, mas que se me pedirem para explicar eu não vou conseguir. Onde está você, onde está a paixão, o amor, essa porra de chama maldita que eu juro existir porque já a senti, onde foi parar tudo isso??? Tá tudo aqui. Tudo mora dentro de mim, tudo arde e queima como sempre; basta procurar e sentir. De outro modo, tudo amornece e vira calma, vira uma paz estranha e insossa. Tem dias que eu dou pra procurar..........