sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Blue jeans, white shirt"...

Eu me segurei o quanto pude, mas hoje não teve jeito de não escrever. Me lembrei daquele reveillon (o único) que passamos juntos. Uma loucura, eu sei, uma falta de noção imensa da minha parte, mas eu nunca vou me esquecer de você vestido com aquela camisa branca de manga comprida que eu te dei. Você, especialmente naquele dia, era a encarnação de todos os meus sonhos. Eu não queria mais nada, mais ninguém. Parecia que você tinha saído de uma revista, daquelas revistas idiotas de adolescente que eu assinava quando era nova, sonhadora e estúpida. Eu podia morrer naquele dia sabendo que você era, ali, inteiramente, absolutamente meu. MEU. E eu, sua. Essa sensação é indescritível... mas a música tá sempre aí pra dizer o indizível, não é? E aquela mulher da boca grande, cara de patricinha, o clichê mór do mainstream me aparece e canta: "Blue jeans, white shirt/Walked into the room/You know you made my eyes burn/It was like, James Dean, for sure/You so fresh to death and sick as ca-cancer"... E ela ainda canta de uma forma tão arrebatadora quanto foi a sua visão naquele dia. Eu queria poder contar pra todo mundo naquela festa maldita que você era o amor da minha vida. Que você, lindo de morrer, era meu, só meu e de mais ninguém. E essa sensação da posse - que Deus e os puritanos me perdoem - pode ser um sentimento tão... doce. O ego se alimenta de coisas ditas tão mundanas, mas a beleza, por exemplo, só carrega em si o fútil? Nela não existe também a esperança, a inocência e também a malícia que tudo o que é belo possui? A paixão é somente efêmera, fugaz? Nela também não está contida a chama que move o mundo? Por mais que eu insista em aqui descrever o que senti, tudo vai ser pouco perto do que eu realmente vivi do seu lado naquela noite. Não, eu não me esqueci das coisas ruins, mas agora eu quero dormir enebriada pelas lembranças do seu perfume misturado ao cheiro da cerveja e do meu cigarro, do calafrio bom e constante que eu sentia toda hora ao olhar pra você com aquela camisa ou de quando trocávamos beijos às escondidas, quando nos dizíamos "eu te amo" e outras coisas do gênero nos aproveitando da música alta, de pensar que aquilo tudo me pertencia, de que aquela história era mais do que tudo o que eu sonhei viver. E aquela era a minha história. Era o meu homem. Era o meu amor. Tudo aquilo era a minha vida. E por tudo isso, não se esqueça: 

"I will love you 'till the end of time
I would wait a milion years
Promise you'll remember that you're mine
Baby can you see through the tears?
Love you more than those bitches before
Say you'll remember
Oh baby, say you'll remember
I will love you 'till the end of time"...

http://www.youtube.com/watch?v=JRWox-i6aAk

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