sexta-feira, 7 de maio de 2010

És parte ainda do que me faz forte... Pra ser honesto, só um pouquinho infeliz.

Eu andei pensando... e sentindo... e olha, eu sinto muito. Sinto mesmo. Não por nós dois, não pelo que não tivemos e nem pelo que poderia ter sido... Eu sinto, simplesmente. E tenho uma novidade esses dias: não sinto mais como antes. Sinto agora sem aquele pesar e aquela dor. O vazio, o nada? Não, não sinto mais. Agora, a presença. Sinto que você ainda está aqui (e ainda vai estar) por muito tempo; talvez pra sempre. Sim, pra sempre. E eu não vou mais brigar por causa disso. Nem pra te esquecer, nem pra te deixar aqui. Apenas fique, se quiser. Mas saiba: já pode ficar. Tem a minha permissão. Tem todo o espaço que precisar. Até um certo conforto, quem sabe. Faça daqui a sua casa enquanto for... E quando não mais - e caso não mais - pode ir também. Entre e saia quando achar necessário, quando convier... As portas não têm mais chave. Faça daqui um correio, uma repartição pública, uma praça... Isso. Uma praça. Sem hora pra chegar ou sair, sem obrigação, apenas um lugar onde você pode estar. E vai estar enquanto for. Pra isso, o tempo não existe. Saiba apenas disso: você está. Os seus cabelos de cachos e seu sorriso largo, maior que o mundo (maior que o sol. rs), vão permanecer, sim. O seu corpo, todo decorado por mim, centímetro por centímetro, também. A textura da sua pele, o seu hálito doce doce doce, o seu choro, seus carinhos, nossos filmes e os que também não eram nossos, nossos sonhos, nossos pés roçando um no outro, nossas fantasias em pares, nossas brigas e pazes, a sua paz... tudo isso permanece aqui. Numa praça. A sua praça. O seu lugar que enquanto eu tentei preencher com o mundo inteiro, não consegui. Porque ele é seu. E um pouquinho meu também porque o aqui sou eu. Bem vindo à mim. Sinta-se em casa.

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