quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu quero extirpar da minha vida tudo aquilo que me faz mal. O cigarro, a bebida, a comida em excesso, as madrugadas acordadas à tôa, o acordar tarde e principalmente o auto-flagelamento. E isso inclui você e tudo o que eu te atribuí de significado até então. Hoje você basicamente se resume a um masoquismo maluco pra mim. É como eu conversei hoje com uma quase desconhecida e uma grande amiga à respeito... Você se pega fazendo coisas estúpidas e sem sentido como ficar fuçando nas redes sociais pra ver se acha algum vestígio do quebra-cabeças que a vida do outro se tornou. E procurando sinais, pistas de que você, de alguma forma ou em algum momento, ainda faz parte daquele quebra-cabeças. Uma pecinha, que seja. E é tão triste isso, esse vasculhar, esse escarafunchar no lixo do presente pra ver se há um pouco da poeira do passado ainda escondida entre uma fresta qualquer... É muito triste. É o cavucar a ferida já cicatrizada pra que ao menos ela ainda doa pra nos lembrar... Principalmente quando só restaram feridas de um passado, mesmo se o seu presente nada tem a ver com essas feridas ou com feridas quaisquer (até porque ele é bom, o presente). Remexer a ampulheta do tempo, ver a areia da vida lhe escorrendo pelas mãos enquanto lágrimas silenciosas lhe rolam o rosto da memória, não o seu de verdade. Insistir pra que essas lágrimas inexistentes se tornem resistentes e existentes no mundo real. Lágrimas que não lhe cabem mais, não combinam com o que você se tornou.

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