sexta-feira, 11 de junho de 2010

Estou feliz. Como há tempos não me sentia assim. Com isso espero um post mais doce, mais calmo e sereno. É tão estranho te amar assim... Sem possibilidades, sem o mínimo de alimento e com o máximo de esperança. Ora, não me pergunte do quê a esperança. De um dia deixar de te amar? De por acaso voltarmos a nos encontrar um dia e reacender em você a chama que em mim não se apagou? Ou simplesmente de canalizar todo esse amor pra mim mesma ou pra alguém que torne ele possível ao invés de inviável? Sinceramente, não sei. Sei que em mim existe hoje uma coisa chamada felicidade e ela veio gratuita. Você em nada colaborou nos últimos tempos para que ela brotasse aqui, mas... cá está! Insistente, vibrante, pura... Genuína. Cá está. Ora! Quem diria?! Eu, nunca. Achei que amargaria esse amor shakespeareano pelo resto dos meus dias, realmente amargurada. E cá estou. Quase 4 mil quilômetros de distância, 4 meses de silêncio e incontáveis tentativas de tirar sua presença invisível do meu ser e dos meus poros e então... a felicidade. E olha, isso não significa que eu não te ame mais. Ou que te ame menos. É só o tempo fazendo seu papel. O seu lugar continua aqui mas isso pra mim não é mais sinônimo de tristeza, mágoa e pesar. Você ainda é o que de mais bonito tive - e talvez sempre há de ser - até que minha memória me traia, até que eu esqueça quem você é assim como você parece fazer questão de esquecer o mesmo. O que, no fundo, não importa. Tirando o que você significa pra mim, me importa apenas a minha ilusão e desejo de você estar bem. Talvez tão bem quanto eu. Ou melhor. Mesmo no silêncio você ainda faz parte das minhas preces. Sim, eu ainda rezo. Sim, eu ainda acredito em Deus e em tudo aquilo que você também me dizia acreditar. Engraçado como você me ensinou tanto isso e parece ter esquecido os mesmos ensinamentos... Estranho como a vida dá esse tipo de volta, e outras mais. Curioso as voltas que ela dá. E cá estamos. Em pontos diferentes do mundo, ouvindo as mesmas músicas muitas vezes, convivendo com as mesmas pessoas que já fizeram parte da nossa história - outras novas -, construindo uma realidade nova e diferente a cada dia, esquecendo um pouco mais, lembrando um pouco menos. Cá estamos. Ainda sem nos esquecer em definitivo e cada um fazendo com suas lembranças aquilo que bem entendemos.

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