domingo, 13 de junho de 2010

Eu escuto nossas músicas, eu tento me lembrar de cada detalhe seu, eu me sinto triste... mas não choro mais. Será que minhas lágrimas secaram? Não, eu não deixei de te amar. Talvez o amor tenha mudado. Acho que agora é um amor conformado com o fim, com a distância e com a indiferença. Possível? Não sei. Sei que é assim que me sinto com relação a tudo isso. E afinal de contas... o que é tudo isso? O que é tudo? O que foi tudo?
Vez em quando me pego pensando se não foi tudo um sonho... Foram tantas coisas vividas, tantos momentos... agora reduzidos à isso: músicas, filmes, e-mails, fotos. Tudo representações de algo que não mais existe. Não da forma como existiu um dia. Existiu? Às vezes até isso eu me pergunto. Parece tudo tão próximo e tão distante ao mesmo tempo... É uma confusão de sentimentos e pensamentos e lembranças que fica difícil distinguir o que é cada coisa. E aí fica essa vontade de escrever, de fumar todos os cigarros, de beber todas as bebidas, de ouvir todas as músicas pra ver se você volta de alguma forma. Porque de alguma forma eu não quero esse afastamento. Eu te quero ainda perto de mim. Mesmo que seja assim, perto só do meu coração. Mesmo que seja só eu a te manter por perto. Quero você sentado aqui do meu lado, mesmo assim, em palavras. Mesmo te vendo sentado aqui pelas palavras. Quero te fazer presente na minha vida, independente de qualquer coisa. Ainda.
Outro dia mesmo ouvi essa música relendo seus e-mails, revendo suas fotos e chorei como nunca. Com uma dor no coração quase física. Quase não, física. Mesmo. E hoje eu escuto a música e não sinto mais o que senti. Ainda aperta a tristeza, mas de uma forma longínqua, miragem quase... chega a ser doce. Deve ser porque junto dessa tristeza tem um felicidade maior que ela. Uma felicidade minha, construída com cuidado, precisa. E você passou a ser impreciso, borrado, fantasma... Assim como essa música. Ela me desperta algo que eu não sei explicar. Mesmo que eu queira colocar aqui em palavras. Deve ser porque elas sempre serão poucas pra definir o sentido. Sempre poucas. Por mais que eu as busque. Assim como, por mais que eu te busque, sempre será pouco sem você presente na minha vida.

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